segunda-feira, 21 de março de 2011

“A Patrícia é enérgica, persistente e convicta nos seus propósitos”

Patrícia Carreiro é uma jovem formada em Comunicação Social e Cultura pela UAC e coordenadora local do Projecto EscreVIVER (n)os Açores

Quando desafiada a falar-nos um pouco de si, não hesitou em definir-se como “uma pessoa muito sensível ligada à literatura e à comunicação social. A Patrícia é enérgica, persistente e convicta nos seus propósitos. No fundo, é uma pessoa simples.”

Em 2009, esta jovem sensível, tal como se define, deu-nos provas no mundo do romance com A Distância que nos Uniu; obra que contou com o apoio do Governo Regional dos Açores e da Junta de Freguesia de Covoada, “terra que me viu nascer e a quem muito agradeço”.

“Escrevi este livro em 2005, tinha sensivelmente vinte anos. Escrevi-o, inicialmente, por desporto, só depois de uma conversa com uma colega minha é que floresceu a ideia de escrever um livro à séria.

Em 2008, comecei a colocar as coisas em prática e avancei com a publicação do romance que passou na selecção das obras das Edições Macaronésia.” Apesar de já ter publicado um livro e de dedicar grande parte do seu tempo livre à escrita, este talento, confessou-nos ser ainda uma aspirante a escritora: “Ainda tenho muita coisa para percorrer!”

A Patrícia Carreiro mostrou-nos ser uma mulher de garra e ambições: “Tenciono, futuramente, escrever romances históricos, pois gosto imenso de história e de romances. Mas claro, tenho a noção das implicações e do trabalho que um romance histórico traz.

Vou trabalhar para isso.” Outro ponto curioso do seu romance é a simbologia da capa que lhe dá o rosto, o facto de este ser representado por uma ponte “a ponte leva-nos a alguém, une-nos a alguém. Se uma pessoa estiver num lado da ponte e a outra no outro, elas estão distantes. Se uma delas atravessar a ponte, estão unidas. Está tudo relacionado com a união. A capa, fotografada pelo Manuel Silva, saiu exactamente como imaginei. Adorei o trabalho dele”.

Actualmente, o talento deste mês, colabora com o jornal Açoriano Oriental, Tribuna das Ilhas , As Flores e com a Revista Comvida das Portas do Mar. É, ainda, membro activo da Associação Ilhas em Movimento (AIM) e coordenadora local do projecto EscreVIVER (n)os Açores. Já estagiou na RTP e na RDP Açores e mantém activo, há dois anos, um blogue pessoal, onde podem acompanhar o seu percurso e a sua dedicação à arte das letras: http://patriciacarreiro.blogspot.com.

Fala-nos de como chegaste até ao Pedro Chagas Freitas e de como te tornaste na coordenadora local do projecto EscreVIVER (n)os Açores.
A minha viagem até ao Pedro Chagas Freitas foi um mero acaso. Andava eu à procura de cursos online sobre escrita criativa quando dei de caras com o site do Pedro. Então, depois de muito falarmos, chegámos à conclusão de que o projecto EscreVIVER deveria ser alargado para os Açores. Como ele estava no Continente, era preciso alguém que coordenasse o projecto e como a iniciativa de o contactar tinha partido de mim, outra coisa não seria de esperar senão transformar-me na Coordenadora Local do EscreVIVER (n)os Açores. A ideia foi automaticamente bem aceite por mim e pelo Pedro, pelo que arregaçámos mangas e fomos ao trabalho.
Começámos a organizar formações e aqui estamos: prontos para continuar um projecto criativo nos Açores.

És membro activo da associação ilhas em movimento, fala-nos de algumas acções de sensibilização em que participaste e que foram gratificantes para ti.
A Associação Ilhas em Movimento - AIM - é um projecto que muito valorizo. Já desevolvemos grandes acções, por muitos elogiadas,e que são motivo de orgulho para nós. Um dos momentos mais interessantes foi a realização da concentração contra o abuso sexual de crianças em Março de 2010, nas Portas da Cidade. Foi um momento memorável na nossa história. Outro ponto alto para mim está a ser a participação directa do I Concurso Literário Letras em Movimento, no qual sou júri. Está a ser muito interessante.

És uma mulher aventureira?
Não sou assim uma mulher tão aventureira. Sou mais de desafios. No entanto, tive grandes aventuras enquanto membro da TAUA - Tuna Académica da Universidade dos Açores e com o Grupo de Jovens Raios de Esperança da Covoada, desde caminhadas a meio da noite para chegar a casa, até a passeios pela ilha sem se saber exactamente onde se estava. No fundo, senti-me viva nestes momentos! Não tenho loucuras à Cláudia Martins, não, destas não consigo ter!

In Açoriano Oriental, 20 de Março de 2011,Cláudia Martins

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