segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Circuito de Rabo de Peixe



Na manhã do passado domingo, decorreu, na ilha de São Miguel, o Circuito de Rabo de Peixe organizado pelos amantes de velocidade e automóveis rabopeixenses .
Com o apoio da Junta de Freguesia de Rabo de Peixe, o palco desportivo teve encontro marcado na Canada da Meca onde todos os 54 participantes – desde motos a quads passando por automóveis e karts, incluindo um jipe - se reuniram e se desafiaram.
O circuito em questão contou com um perímetro de 1,300m e foi delimitado segundo o acordo da regulamentação internacional em vigor.
A empresa MB Gouveia levou a cabo uma outra iniciativa: um concurso online que permitiu a duas jovens, por um dia, e no final do circuito, a experiência de co-drivers ao lado dos Pilotos Ruben Santos e J. Farias.

Cláudia Martins un World Peace Journal, Novembro 2011

domingo, 20 de novembro de 2011

Entrevista a Raimundo Delgado

Já teve de abandonar a sua terra natal à procura de um futuro melhor, já viveu uma experiência de terror em Timor Leste, já publicou um livro e fundou um jornal apologista da paz.
Raimundo Delgado: vive no que ensina e no que ama; deixa em tudo a sua marca. Apesar de lhe ter sido diagnosticado, muito recentemente, cancro no pâncreas que se expande para o fígado e intestinos, encontra-se em paz e muito tranquilo.
Vamos aplaudir e conhecer mais um pouco deste homem que soube lutar por um ideal, por um sonho.




Com o intuito de investigar, em 1991, o massacre, a cerca de 200 jovens, cometido em Timor Leste foi preso, maltratado e ameaçado de morte. Em que aspectos, esta situação, mudou a sua vida?
A experiência de terror que vivi em Timor Leste mudou a minha vida, mas nada se compara com o que os nossos irmãos Timorenses passaram. Sinto pena que os meios de comunicação (tanto locais, nacionais como internacionais) nada fizeram no princípio do que se passou em Timor Leste e, em termos gerais, por ignorarem a minha missão de jornalista independente. Cada um de nós, cidadãos, tem de velar pelo bem-estar dos nossos irmãos: não importa onde estejam neste pequeno planeta.

“Ter que imigrar é o mesmo que ser condenado à guilhotina”, afirmou no seu romance Fogo na Areia, assim sendo, sente-se sempre dividido entre os Açores e a América?
Imigrar sempre foi uma alegria para aquelas famílias que conseguiam uma carta de chamada e certo dia abandonavam tudo: a família, a aldeia, os amigos, os cheiros e as pessoas que preenchiam o seu dia o dia. Mas nós, imigrantes, pagámos um preço incalculável quando abandonamos o nosso torrão natal. Imigrar é um crime. É o mesmo que enviar uma pessoa para o desterro, onde a primeira coisa que nos tiram são os nossos nomes, a nossa dignidade e o nosso joie de vivre.

"Pagámos um preço incalculável quando abandonamos o nosso torrão natal!"

Fogo na Areia é uma aldeia imaginária por si forjada: quais os valores que tenta defender e enaltecer com a construção da mesma?
Fogo na Areia é a minha aldeia, o paraíso que criei tal como Gabriel Garcia Márquez o fez com o seu Macondo, no seu livro Cien Anos de Soledad. Quem conhece o Livramento, São Roque e freguesias circunvizinhas de São Miguel, Açores, verá que o Fogo na Areia é baseado essencialmente naquelas áreas onde a minha mãe e o meu pai nasceram e onde me criei até aos 15 anos de idade.

A sua obra poética Mar de Orquídeas foi inspirada e dedicada a uma musa que o acompanhou em pensamento durante 30 meses. Conte-nos a peripécia que a envolve.
Nunca escrevi poesia, mas quando procurava a minha segunda esposa corri o mundo inteiro e encontrei uma mulher brasileira que captou a minha atenção; a certa altura apercebi-me que estava envolvido num triângulo traiçoeiro. Esta experiência motivou-me a escrever poesia. Por fim, fui à ilha de Cebu, nas Filipinas, e encontrei a minha esposa com quem estou casado há três anos.

O que o motivou a fundar o World Peace Journal?
Fundei o World Peace Journal, há um ano, por três razões: promover a paz, dar a oportunidade a todos os escritores que queiram publicar em qualquer língua e para dar a oportunidade, a mim próprio, de publicar os meus trabalhos que enviava para os jornais americanos e portugueses, na América, e que frequentemente eram censurados e não publicados.

"Os meus trabalhos(...)eram censurados e não publicados."

Considera-se uma pessoa sedenta de justiça e de paz no mundo?

Penso que todos nós: temos a obrigação de velar pela justiça e paz em qualquer parte do mundo.

Comente esta citação de Dalai Lama: “Seja a mudança que você quer ver no mundo.”.
Concordo plenamente. As nossas vidas devem ser como faróis de amor, paz e carinho para todos os que fazem parte da nossa família, círculo de amizades e, especialmente, para aqueles que não conhecemos.

Cláudia Martins in World Peace Journal, Novembro (2011)

terça-feira, 7 de junho de 2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Energia a fluir (Parte I)


Como que olhos que se tornam lúcidos – e com o relógio a mover-se interruptamente – fomos emanados do interior do nevoeiro.

- Vamos sentar-nos numa daquelas mesinhas, escolham à vontade! – Depois de instalados, continuou. – O que nos trouxe aqui?

O nevoeiro ao nosso redor vestia a lagoa que naquele dia, como em tantos outros, assumia, destemidamente, um papel místico.

- A energia! – Não hesitei em responder-lhe.

- Muito bem, muito bem! A energia… a energia… - Duplicou as mesmas letras do alfabeto, que eu unira para lhe responder, dançando-as com um sorriso. - Como é que conheceram o Reiki? – Voltou a interrogar-nos enquanto pássaros se de nós aproximavam. – Eles querem ouvir a nossa conversa… - Acrescentou.

- Fiquei a conhecer o Reiki durante uma conversa com um amigo, que me recomendou praticá-lo. – Por fim, após contemplarmos os pássaros de tons azulados, voltei a responder-lhe.

- Muito bem! – Ofereceu-nos, de novo, um semblante tranquilo, sereno e de júbilo; confirmei sem oscilar: fora este o Mestre que atraíra através da Lei da atracção; finalmente desvendei-lhe o rosto e associei-lhe a um nome: Romualdo Farias. – Sabem o que significa Rei? – Respondeu-nos, logo após lançar a questão. – Significa Universo e Ki significa a nossa Energia, a Energia Vital de cada um de nós.

Depois de uma breve introdução e localização histórica (de referir que o Reiki fora redescoberto, em 1922, no Japão, por Mikao Usui.) o tempo impediu-nos de permanecer-nos ao ar livre.

Foto: Google
Agradecimentos: ao Mestre Romualdo Farias e à ZenSations Clinic - Namastê


Cláudia Martins, World Peace Journal